Queimadas em terrenos estão mais intensas em Uberlândia

Foto: Cleiton Borges
Os monitoramentos do Instituto Estadual de Florestas (IEF) mostram que, até a terceira semana de maio de 2014, houve 73 focos de calor (incêndios de menor proporção detectados por satélites) no Triângulo Mineiro. Em todo o ano passado, o instituto registrou 729 focos, além de um incêndio de grande proporção, com quase 44 hectares de área afetada, no Parque Estadual do Pau Furado, em Uberlândia. 

O Laboratório de Climatologia da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) registrou um déficit de 400 mm durante a estação chuvosa, entre o fim de 2013 e início de 2014. O volume de precipitação aquém das médias para o período, que são de 1.6 mil mm, pode secar a vegetação e propiciar mais incêndios, tanto em terrenos baldios na cidade quanto na zona rural. 

“A precipitação reduzida pode causar diminuição nos suprimentos de água no solo, o que vai impactar diretamente na cobertura vegetal, que fica mais seca. Isso cria condições para que o fogo se propague com mais facilidade”, afirmou o professor da UFU, Paulo César Mendes.

As consequências da baixa taxa de precipitação é a ocorrência de queimadas tanto na área rural quanto no perímetro urbano. Em Uberlândia as queimadas já estão mais intensas neste mês. Segundo o Corpo de Bombeiros, maio é, historicamente, o marco inicial da estação seca na região do Triângulo Mineiro e a tendência para os próximos meses é que as ocorrências de incêndios em terrenos do perímetro urbano continuem crescendo até o fim do inverno, em setembro.

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